terça-feira, 31 de maio de 2011




Horários das aulas de Hatha Yoga


2ªfeira 17h45 e 19h00;



4ªfeira 16h30, 18h15 e 20h00



5ªfeira 10h00



6ªfeira 16h00; 16h30; 19h00



Av. Central, 42 - 44, 4º Andar
4710 Braga



FELICIDADE É UMA DECISÃO SUA

Todo o amor do mundo pode ser dado a si, mas, se você decidir ser infeliz, permanecerá infeliz. E você pode ser feliz, imensamente feliz, por absolutamente nenhuma razão - porque a felicidade e a infelicidade são decisões suas.
Leva muito tempo para perceber que a felicidade e a infelicidade dependem de si, porque é muito confortável para o ego achar que os outros estão fazendo-o infeliz. O ego insiste em dar condições impossíveis, e ele diz que primeiro essas condições precisam de ser satisfeitas e somente então você poderá ser feliz. Ele pergunta como você pode ser feliz em um mundo tão feio, com pessoas tão feias, em uma situação tão feia.
Se você observar correctamente, rirá de si mesmo. É ridículo, simplesmente ridículo. O que você está fazendo é absurdo. Ninguém está nos forçando a fazer isso, mas insistimos em fazê-lo - e gritamos por socorro.
E você pode simplesmente sair disso; trata-se de seu próprio jogo - ficar infeliz e depois pedir simpatia e amor. Se você estiver feliz, o amor fluirá em sua direcção... não há necessidade de pedi-lo.

Essa é uma das leis básicas. Exactamente como a água flui para baixo e o fogo flui para cima, o amor flui em direcção à felicidade.


(Osho)



...............Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exacto. E então, pude relaxar.


Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.




Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.

Hoje sei que isso é...Autenticidade.


Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.

Hoje chamo isso de... Amadurecimento.


Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.

Hoje sei que o nome disso é... Respeito.


Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.

Hoje sei que se chama... Amor-próprio.


Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projectos megalómanos de futuro.

Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.

Hoje sei que isso é... Simplicidade.


Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.

Hoje descobri a... Humildade.


Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.

Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.


Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é... Saber viver!

“Não devemos ter medo dos confrontos….
Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas”
Charles Chaplin

Massagem Ayurveda

Massagem Ayurveda o que é?

O Ayurveda é uma palavra de origem sânscrita. “Ayur” significa vida e “Veda “”, conhecimento.

O Ayurveda é um sistema tradicional de saúde indiano com cerca de 3500 anos e representa a “ciência” da vida saudável.
A massagem Ayurveda é uma das técnicas utilizadas nesta “ciência” milenar e procura manter o sistema vital em equilíbrio estável interagindo nos três doshas ou forças fundamentais na regulação do corpo: Vata, Pitta e Kapha.
O Vata corresponde à actividade do sistema nervoso central, O Pitta corresponde aos processos enzimáticos e de termo regulação e o Kapha corresponde às funções do sistema imunitário.

Massagem Ayurveda para que?
Repõe a harmonia
Recupera as energias vitais
Equilibra as funções do corpo e da mente
Contribui para manter a saúde, a beleza e o bem-estar geral
Combate o stress

Contacto:
Tel 917676905

segunda-feira, 9 de maio de 2011



Quem Morre?

MORRE lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
MORRE lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is"em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu
Trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda

sexta-feira, 26 de março de 2010

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009


Jutta Antarjyoti
Professora de Yoga
(Deutscher Yoga Bund im Haus Yoga Vidya)
Terapeuta Ayurvèdica (Berufsverband der Yoga Vidya Gesundheitsberater-BYUG)


sábado, 3 de janeiro de 2009

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

























Elogio ao amor
Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
(Miguel Esteves Cardoso - Expresso)

Aprendes..........


Aprendes...
"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair no meio do chão. Depois de um tempo aprendes que o sol queima se ficar exposto muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam... e aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te e tu tens de perdoa-la por isso! Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que Tu podes fazer coisas num instante, das quais te arrependeras pelo resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longa distância. Aprendes que o que importa não é o que tens na vida, mas o que TU és na vida! E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não tens que mudar de amigos se compreenderes que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e TU podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com que mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que a vemos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nos próprios. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser. Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde já chegaste, mas onde vais, mas se tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprendes que heróis são aqueles que sempre fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é umas das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e que aprendeste com elas do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estas com raiva tens o direito de estar, mas isso não te dá o direito de seres cruel! Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que essa pessoa não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém... algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti mesmo! Aprendes com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o concertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte! E que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais... e que realmente a nossa vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

William Shakespeare

PALCO DA VIDA


PALCO DA VIDA

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que a sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência.
Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas reflectir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "perdoa-me". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de ti”. É ter capacidade de dizer "eu amo-te". É ter humildade da receptividade.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz... E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espectáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de factores a demonstrarem o contrário.
Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo!
Fernando Pessoa

domingo, 9 de novembro de 2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

um rabino

Um rabino – Hofetz Chaim

No século passado, um turista dos Estados Unidos visitou o famoso rabino Hofetz Chaim.
Parou assombrado ao ver que a casa do rabino consistia numa única habitação atestada de livros.
O único mobiliário era uma mesa e um banco.
“Rabino, onde estão os teus móveis? Perguntou o turista.
“Onde estão os teus? Replicou Hofetz
Os meus? Mas eu sou só um visitante…Estou aqui só de passagem…, disse o americano.

O mesmo que eu, disse o rabino.

Jorge Bucay



o ancião ignorante


O Ancião ignorante

Era um velho muito simples e analfabeto.
Queria encontrar a paz interior e dedicar os últimos anos da sua existência a melhorar a sua vida interior. Dirigiu-se a um mosteiro e bateu às suas portas.
Explicou aos monges que tinha um vivo desejo de encontrar o sentido da vida, de se purificar e achar a serenidade definitiva, pelo que pedia que o aceitassem como noviço.
Os monges pensaram que o homem era tão simples e tão inculto que nem poderia entender os ensinamentos mais básicos, nem ler as Escrituras; mas como o viram tão motivado e com intenção pura, deram-lhe uma vassoura e disseram-lhe que se ocupasse diariamente de varrer o claustro.
Durante anos, o ancião varreu o claustro muito atenta e esmeradamente, sem deixar de fazê-lo um único dia.
Paulatinamente, todos os homens começaram a ver mudanças notáveis no varredor. Parecia tão sossegado, gozoso, harmonioso!
Todo ele emanava uma atmosfera de sublime serenidade. A sua inspiradora presença chamava tanto a atenção, que os monges se aperceberam de que o homem tinha atingido um considerável grau de evolução espiritual e uma grande pureza de coração.
Perplexos, perguntaram-lhe se tinha seguido alguma prática ou método especial, mas o velho, com toda a humildade, disse:
- Não, não fiz nada de especial, acreditem. Dediquei-me diariamente, com amor, a limpar o claustro, e cada vez que varria o lixo, pensava que estava também a varrer o meu coração, limpando-me de todo o veneno.

Ramiro Calle



Um Vaso da velha chinesa

Uma chinesa velha tinha dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidadede uma vara que ela carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Todos os dias ela ía aorio buscar água, e ao fim da longa caminhada do rio até casa o vasoperfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meiovazio. Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água. Naturalmente o vaso perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado -e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer. Ao fim de dois anos, reflectindo sobre a sua própria amarga derrota de ser'rachado', durante o caminho para o rio o vaso rachado disse à velha : 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até à sua casa ...' A velhinha sorriu : 'Reparaste que lindas flores há no teu lado do caminho, somente no teu lado do caminho ? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto voltávamos do rio, tu regava-las. Foi assim que durante dois anos pude apanhar belas flores para enfeitar a mesa e alegrar o meu jantar. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa !' Cada um de nós tem o seu defeito próprio : mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é ... e descobrir o que há de bom nele ! Portanto, meu 'defeituoso' amigo/a, desejo que tenhas um bom dia e que te lembres de regar as flores do teu lado do caminho !